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Jogos Pan-Americanos – Lições da Gestão por Processos

As similaridades dos esportes de alto rendimento em equipes e a administração de negócios.

Uma corrida revezamento 4 x 100 metros rasos é uma modalidade olímpica de atletismo, disputada por equipes. A prova é constituída por quatro percursos equivalentes aos 100 metros rasos, percorridos por quatro atletas que devem passar um bastão a cada 100 metros numa zona de passagem com cerca de 20 metros de comprimento. Para que as passagens do bastão sejam bem-sucedidas, e não prejudicar o tempo final da prova, o atleta que recebe o bastão tem que já estar correndo a uma velocidade alta e tem que apanhá-la de costas, sem ver o bastão diretamente. É um momento crítico da corrida, que pode determinar o resultado final — vencer, perder ou ser desclassificado. Ganha a corrida a equipe que for mais rápida e não falhar nas passagens do bastão, isto é, a que for mais eficiente e eficaz no percurso.

Nos negócios, não é diferente, as empresas buscam eficiência e eficácia. A gestão por processos é um conjunto de atividades preestabelecidas que, executadas em uma sequência determinada, assegure o atendimento das necessidades e expectativas dos clientes e das demais partes interessadas.

A gestão por processos ajuda na visão sistêmica do negócio. É importante perceber como o todo significa muito mais do que uma simples soma das partes. Com ela, é possível identificar as interfaces dos processos e se as mesmas estão bem “costuradas”.

E fica a pergunta: como estruturar a cadeia por processos para uma gestão mais eficiente? Segundo a proposta da Fundação Nacional da Qualidade – FNQ, os passos para estruturar a gestão por processos são:

  1. Estrutura da Cadeia de Valor

O que é valor? Definir o negócio da empresa, identificar o fluxo de valor, identificar as partes interessadas e suas necessidades, definir a estrutura organizacional e objetivos estratégicos da empresa.

  1. Desdobramento da Cadeia de Valor

Qual é a hierarquia dos processos?

  1. Avaliação da Maturidade dos Processos

Avaliar a maturidade dos processos e se os mesmos podem ser melhorados considerando os direcionadores relevantes da estratégia e de outros elementos-chave do contexto da organização.

  1. Identificar as prioridades e os processos críticos

Com base na avaliação de maturidade, fazer priorização dos processos considerando as prioridades da organização decorrentes da revisão da estratégia e do contexto. Qual(is) o(s) processo(s) com forte impacto no alcance dos objetivos estratégicos e na satisfação das partes interessadas? Também podem ser definidos por critérios como problemas e/ou reclamações de clientes externos ou internos, processos de alto custo, imagem da marca.

  1. Validar os requisitos dos clientes externos e internos

Isso mesmo, clientes internos também são importantes — serão considerados validados após a concordância de ambas as partes (fornecedores e clientes tanto internos quanto externos). Para algumas organizações, outras partes interessadas, tais como comunidade, acionistas, governança corporativa, meio ambiente, etc., também devem ser incluídas na definição dos requisitos.

  1. Documentar os processos

Documentar os processos de trabalho torna visível e padronizado. Todo o passo a passo necessário para atingir o produto final deve ser documentado. Importante documentar processos que são relevantes.

  1. Desenvolver medições e indicadores de processo

Crie indicadores de desempenho para os processos. Os indicadores devem ser mensuráveis e alinhados com os objetivos e estratégias da empresa. Assim irá saber como está seu desempenho e poderá fazer as correções necessárias em tempo.

  1. Gerir e melhorar os processos

Fazer uma análise crítica contínua dos processos e ter sempre em mente a questão de como poder melhorar.

Alguns fatores para o sucesso da implantação são: metas, ações, habilidades, recursos, incentivos, informações além da promoção do trabalho em equipe. A gestão por processo envolve toda a empresa, desde a alta administração na definição do negócio, das estratégias, dos objetivos, da estrutura organizacional, na comunicação até o último nível da empresa.

Autora do Artigo: Beatriz del Fiol Eng. Alimentos, Especialista em Administração Industrial, Especialista em Qualidade & Produtividade, Consultora de Sistemas de Gestão de Qualidade e Segurança de Alimentos. Instrutora no curso técnico de gestão de qualidade do SENAI. Auditora para HCCP certificada pela ASQ (American Society for Quality), sócia PBC – Food & Beverages – Consultants.

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