Evite a tentação de fazer alterações que afetem a capacidade instalada da sua indústria.
Quando se analisa uma empresa, fábrica ou linha de produção, os números primeiros a serem examinados são aqueles que definem a chamada – capacidade instalada.
Trata-se de um conceito adotado a fim de mensurar o potencial ou o máximo volume de uma produção ou instalação – reflete a produção total disponibilizada, com base nos recursos de que dispõe, que inclui equipamentos, mão de obra, conhecimentos, estoque, e demais fatores.
Hoje, dada a crise existente, é indispensável não interferir na capacidade instalada (alterar movimento, fluxo, etapas de processamento, etc.) com intenção de adequar-se ao mercado consumidor.
Essa interferência fatalmente contribuirá para o aumento do custo final do produto, além de ‘atrofiar’ a capacidade instalada dificultando assim quando no momento de reação positiva no mercado consumidor.
É preferível, dentro do processo produtivo, trabalhar tempo total disponibilizando na programação da produção, ou seja, no mês, ao invés de produções diárias alternadas ou interrompidas, promover produções diárias reduzidas em número de dias, porém contínuas. Isso não irá interferir na capacidade instalada, nem alterar o custo do produto final.
No período da parada programada da produção, executar manutenções, férias, treinamento, desenvolvimento de novos produtos mais rentáveis e adequados para o momento.
Resumindo, muita racionalidade e bom senso. Evitar improvisações e mudanças radicais nas linhas de produção são as melhores soluções para a travessia desse momento difícil no mercado.
Autor do artigo: Henrique Ansaldi Químico Industrial com Especialização em Gestão de Processos e Tecnologia de Alimentos, com larga experiência profissional em cadeia de suprimentos, tecnologia, desenvolvimento de produtos, operações industriais, distribuição e logística, diretor da Direção Consultoria Técnica e sócio PBC-Food & Beverages Consultants.